26/04/2013 - A gente adora palmito!
EDIÇÃO DE 26/04/2013 DA COLUNA COZINHA DE ESTAR/JORNAL NOTÍCIAS DO DIA, por Luciane Daux
Por
causa da extração irregular pelo longo tempo necessário à renovação da sua
cultura, palmito esteve perto da extinção. Hoje o plantio sustentável de
espécies ecologicamente mais corretas, como a pupunha, permite que usemos essa
iguaria muito além da salada e do pastel. Estrogonofe, moqueca ou quiche de
palmito enchem de sabor a mesa, especialmente a dos vegetarianos. Fonte de
fibras e baixo valor calórico (28 calorias/100g), ele é amigo de quem quer
ficar em forma, porém devem ser observadas as informações nutricionais das
conservas especialmente por quem precisa restringir o consumo de sódio.
Carlos Lage – Flickr
![]() |
Pupunheira: beleza que a gente não vê. Daqui sai o palmito pupunha para a nossa mesa. |
Fernando Willadino
Com
criatividade e técnica é possível. Esse é o “Inonimável”, um pseudo
spaghetti de pupunha em manteiga de bisque, camarões grelhados e chantilly de
coco, que faz parte do cardápio cheio de brasilidade do JoyJoy Bistrot, da Chef
Joyce Francisco.
Consumo legal
Prefira o palmito originário do plantio sustentável (como o das palmeiras
real, açaí e pupunha), informação que deve constar no rótulo do vidro. Procure
também pelo número de registro do produto no Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA, ajudando, assim, a evitar a extração ilegal.
Curiosidades:
·
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Embrapa -, o Brasil responde por 50% de todo o palmito
comercializado no mundo e é também o seu maior consumidor mundial. Santa
Catarina fica em 2º lugar em extração da natureza, precedido apenas pelo Pará.
·
Sabe
quanto tempo leva para uma palmeira Juçara ou
Açaí amadurecerem seu fruto? Oito anos!
A Pupunha é o que leva menos tempo, em torno de dois anos.
Madero
Divulgação
Gourmet: pupunha in
natura
Já encontramos com facilidade o palmito pupunha in natura nos
supermercados. Ele é mais adocicado, lembrando bastante o gosto da alcachofra. Experimente,
é delicioso e leve! Retire o talo da embalagem e envolva em papel alumínio,
como se fosse uma bala. Leve para assar
por 1h15m, a 180o C. Para servir retire o papel alumínio e corte o fruto ao
meio, no sentido longitudinal. A polpa deve estar macia. Sirva com suco de
limão siciliano, azeite de oliva e sal. Se desejar, use a flor de sal, como
sugere o Chef Junior Durski, dos restaurantes Durski e Madero. Ele também
sugere harmonização com um Chablis.
Moqueca de palmito
500g de palmito fresco em rodelas
tomate orgânico, cebola branca, pimentões vermelho e amarelo, 300g de
cada
50g de coentro fresco
15g de alga higik (opcional)
500ml de leite de coco
50g de polpa de coco não muito maduro, em tiras
20ml de azeite de dendê
1.
Em uma panela própria para moqueca coloque no fundo, metade
do azeite de dendê, uma camada de tomates, uma camada de cebola, uma camada de
palmito e uma camada de pimentão. Salpique sal a gosto, a alga marinha e metade
do coentro. Repita as camadas finalizando com o leite de coco, a polpa de coco,
o azeite de dendê e o coentro.
2.
Tampe e deixe cozinhar em fogo baixo por 30
minutos.
3.
Receita do restaurante Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável, de Brasília - DF.
Giovanna Curi/Pappatore
Gamberi al forno
50g de camarão
30g de palmito
30g de requeijão
20g de cebola
30g de nata
10g de parmesão
pimenta e sal a gosto
croutons
1. Em uma frigideira refogue a cebola em pouco óleo.
2. Adicione o camarão e deixe cozinhar por dois minutos.
Acrescente o palmito, a nata, o requeijão e engrosse com amido de milho.
Tempere com sal e pimenta a gosto.
Coloque em pequenas travessas e leve ao forno para
gratinar.
3. Agradecimento: Forneira Pappatore (Praia do Meio,
Coqueiros).
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